sábado, 13 de dezembro de 2014

Rasguei a alma

Rasguei a alma no sentimento que vinha caminhado até mim , tentei numa luta desesperada fugir do que me trazia.  Chorei ! Mas o sentimento teimou em ficar. Ai pobre alma que sofre, solidão que a encobre, silêncio que tanto lhe fala. Pára de cantar qual rouxinol, pára de ver as cores do arco íris, pára de sonhar com o cheiro das flores! Cai no jardim verdejante de relva fresca com cheiro a terra , cai na areia da praia,  húmida pelas ondas que até lá conseguem chegar, sente o sabor do mar, sente o vento que te embala, sente o silêncio da noite que chega, chora a dor de ver sofrer, grita a dor de amar...mas Ama! Ama os que nada têm e tão pouco pedem!  Dá o teu corpo, a tua alegria, a tua tristeza, a tua dor , a tua ternura !  Dá -te! E serás mais feliz.!

Hoje não sei escrever

Hoje não sei escrever,
falta-me a pluma de algum escritor,
as aguarelas de algum pintor,
a ternura de quem queria ter,
o sorriso que teima em não chegar,
um olá que desapareceu,
um amor que nunca existiu.
afinal é sangue igual ao meu
mas que importa ...
talvez um dia...
na partida para as estrelas 
se lembre de alguém que a amou!

Cantando

Vou cantando pela caminho
vou pulando de pedra em pedra,
vou sorrindo , vou rindo
pelo amor que tenho e sinto!
Amor que me encanta
que me seduz
que me eleva alma
que me faz sentir viva
que me ama...
sem hífen !!

Alegria

Reunidos na praça da aldeia , preparavam a festa , apenas por que era dia de querer !Saltimbancos  faziam as alegrias das crianças, balões multicolores pairam pelo ar, iguarias nas mesas colocavam , na azafama contagiante de quem sabe dar.
Os músicos entoavam cânticos alegres , a multidão que se juntou catava, dançava, partilhavam os momentos de felicidade que ali se faziam sentir. Eram tantas as emoções que nada os separava daqueles instantes tão mágicos. No céu fez - se luzes de encantar, enfeites de todas as cores num fogo de artificio que celebrava a gratidão de quem o fazia sorrir... 
A felicidade , a alegria pairavam no ar... 
a Aldeia até então fria , cinzenta pelo inverno que chega...ganhou vida de cor, alegria de amor e ficou mais feliz !

Cavalgando

Cavalgando pelos trilhos da escuridão, no seu cavalo sem nome, viu o cair do sol, sem medo nem dor, apenas solidão. Olhos repletos de lágrimas, cabelos ao vento, mas continuou... Em busca de um abrigo, em busca de um pouco que é nada, mas nem esse nada a demovia, as suas lágrimas iam rolando pelo rosto pálido do frio que se fazia sentir, mas que importava... era amor o que sentia. Ao fim de algumas horas voltou para o seu ninho ! O cavalo sem nome, cansado pela fúria que a sua dona lhe incutiu, ao estábulo recolheu, ela, sentou -se bem perto , acariciando a crina de quem a tinha transportado num cavalgar doido e bravio. Deixou - se vencer pela dor e o seu corpo franzino, ali se aninhou. Adormeceu profundamente, num sono que foi sonho, que um sorriso nos lábios lhe colocou!

O mundo parou

O mundo parou diante de tanta beleza, vento nos cabelos, mãos suaves passavam pelos seus rostos, o mar apenas como testemunha de tão enorme carinho...mais tarde apenas o silêncio que se fazia sentir , para que os olhares se encontrassem naquela entrega de emoções. Corpos desnudos, suor de um amor profundo, deixando apenas lugar para a dádiva de amar. E se amar é entrega , paixão, desejo de serem um só, então ali amor existiu, pois de dois corpos apenas se fez um , completos, sedentos de sentir que o amor existe, a beleza dos momentos era tal que o tempo parou, a musica deixou de fazer ouvir, sussurros de entrega, olhares de ternura, beijos ardendo de paixão... foram adormecendo, num abraço tão doce que só o despertar os separou!

Mulher!

Lua,
sol
vento
mar
árvore
pássaro
flor
cristal
perfume
paixão
desejo
Em teus braços
Assim...
Sempre...
sinto-te...
e sinto-me...
Mulher!!!